Convivendo com a estupidez

 

Essa eu não sei se é mesmo verdade, mas pelo menos é engraçada: fulano queria mandar flores para uma amiga que estava abrindo seu próprio negócio. Ao chegar na festa de inauguração da loja, encontrou a amiga furiosa. O motivo? Ela tinha recebido uma coroa de flores com um cartão de condolências.

 

Furioso também, no dia seguinte o irado cliente ligou para a floricultura. O dono explicou: "Antes de mais nada, peço desculpas pelo ocorrido. Eu estava mesmo esperando o senhor ligar, porque uma viúva me ligou hoje cedo, reclamando do buquê de flores que havia sido enviado ao enterro do seu marido, com o cartão "Boa sorte no seu novo endereço".

A verdade é que convivemos com situações estúpidas o dia inteiro. Às vezes por incompetência de alguém, às vezes por descuido, às vezes por estupidez mesmo. Como aquele agente americano de segurança, que pergunta no aeroporto: "Alguma coisa foi colocada na sua mala sem que você soubesse?". Como alguém espera que você responda a isso?

 

Como na história do casal que foi pegar seu carro no conserto. Informados que o carro tinha sido acidentalmente trancado com a chave dentro, o casal então dirigiu-se para a oficina. Lá, um mecânico tentava febrilmente destrancar a porta do lado do motorista. A mulher, fazendo o óbvio, puxou a porta do trinco do outro lado e, para sua surpresa, descobriu que a porta estava aberta. "Veja!", disse ela, "está aberta!". "Eu sei, essa aí eu já consegui", falou o mecânica. "Agora só falta esta" (e quem sabe o porta-malas).

 

O problema, como disse Montaigne, é que às vezes uma pessoa estúpida diz coisas inteligentes. Você pode acabar se confundindo, por isso saber lidar com a estupidez humana (de preferência com bom humor) também é fundamental para o sucesso.

 

E saber também controlar a língua: nunca perca uma boa chance de calar a boca. Afinal, não teve um chefe que falou "Puxa, esta festa está uma maravilha, devíamos organizar mais festas destas" no jantar de despedida de um funcionário que havia sido demitido?

 

Dizem que existem dois tipos de pessoa, aquelas que trabalham, e aquelas que querem receber todo o crédito (dedique-se ao primeiro time: a concorrência é bem menor). Mas na realidade são 3 tipos de pessoas. Aquelas que aprendem lendo, aquelas que aprendem observando, e aquelas que têm que enfiar o dedo na tomada para descobrir se dá choque.

 

Então relaxe e entenda que as pessoas aprendem de formas diferentes e que algumas coisas estúpidas infelizmente vão acontecer de qualquer forma. Aprenda com elas – só não deixe acontecer de novo! Principalmente se for colocar o dedo na tomada de novo!

 


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Raúl Candeloro (www.raulcandeloro.com.br), é palestrante e editor da revista VendaMais®, além de autor dos livros Venda Mais e Negócio Fechado, Correndo Pro Abraço  e responsável pelo site VendaMais® (www.vendamais.com.br).

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